Faltando pouco mais de uma semana para as Eleições Gerais de 02 de outubro, o candidato ao Senado, o deputado federal Rafael Motta (PSB) intensifica ações de campanha em busca dos eleitores indecisos, que ainda não escolheram um candidato para votar na corrida pela única cadeira no Congresso Nacional. O postulante convida ainda o eleitor potiguar a fazer um comparativo ente ele e seus inimigos políticos, os também candidatos a senador da República Carlos Eduardo Alves (PDT), aliado da governadora Fátima Bezerra (PT) e Rogério Marinho (PL), que conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em peças veiculadas em emissoras de rádio, televisão e por meio das redes sociais, o pessebista discute quem esteve ao lado do trabalhador durante o contexto das reformas, quem as promoveu ou as apoiou, fazendo referência a Rogério Marinho e Carlos Eduardo Alves, respectivamente.
Rogério Marinho foi um dos responsáveis pela aprovação da reforma da trabalhista, que alterou mais de 100 pontos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Em 2019, o então o secretário especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, aprovou uma ampla reforma da Previdência.
“Rogério deu com uma mão e tirou com a outra. Destinou recursos para os municípios e quem pagou a conta foram os trabalhadores e aposentados do Rio Grande do Norte e do Brasil com a retirada de direitos patrocinadas por Rogério nas reformas Trabalhista e da Previdência. Quer dizer: Rogério Marinho manda um trator para uma cidade e passa como um trator sobre direitos sociais dos seus munícipes”, declarou Rafael.
O deputado federal afirma que votou contra as reformas que foram “promovidas” pelo ex-ministro bolsonarista e “apoiadas” pelo ex-prefeito de Natal conforme trechos de entrevistas divulgadas nas peças nas quais o candidato do PDT classifica as mudanças na CLT e na aposentadoria como “justas” e “necessárias”.
O candidato ao Senado faz um comparativo com relação ao histórico político de processos por improbidade administrativa. Enquanto ele não possui nenhuma ação na justiça, os seus adversários explicam na Justiça questões ligadas ao exercício de funções públicas.
Rogério Marinho enfrenta problemas na Justiça. Ele é réu em ações do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) que o acusam de participar de um suposto esquema de nomeações irregulares de servidores na época em que ele era presidente da Câmara Municipal de Natal. O ex-ministro foi denunciado por, entre 2005 e 2007, autorizar a contratação de supostos funcionários-fantasma para que vereadores, inclusive ele próprio, embolsassem os recursos. Na prática, desvio de dinheiro público. Os investigadores descobriram um grupo de 35 servidores contratados pela Câmara que não apareciam para trabalhar, mas recebiam os salários.
No comparativo, Rafael Motta também tem mencionado os mais de 100 projetos que apresentou enquanto deputado federal e os R$ 180 milhões em obras e ações realizadas no interior do Estado.
“O maior argumento de um é não eleger o outro. Nós temos serviço prestado e um histórico de trabalho pelos municípios e pelas pessoas, com probidade e correção. E é isso que estamos mostrando aos eleitores”, explica Rafael sobre ação junto aos indecisos, que somam de 40% a 50% nas pesquisas de intenção de voto.
A última pesquisa de intenção de votos no Rio Grande do Norte realizada pelo Instituto Exatus Consultoria e Pesquisa, divulgada pelo AGORARN, apontou que 7 em cada 10 eleitores, o que representa cerca de 70,1%, já estão decididos para o Senado Federal. Porém, 12,8% cogitam a possibilidade de mudar o voto até o pleito. Outros 17,1% não sabem ou não quiseram responder.