Ainda sem legenda, Bolsonaro mantém conversas com o PTB e o PP

05/10/2021

Faltando um ano para as eleições presidenciais, o presidente Jair Bolsonaro já deixou claro que é candidato, mas ainda segue sem partido. Desde a desfiliação do PSL, em 2019, Bolsonaro promoveu e foi alvo de diversas investidas. Tentou fundar o Aliança Brasil; entabulou conversas com o PRTB, do vice-presidente Hamilton Mourão; chegou a ser cogitado para o Patriota, ao qual o senador Flávio Bolsonaro (RJ) se filiou. Mas restrições da legislação eleitoral e dificuldades partidárias impediram o presidente de se vincular a uma legenda. Um ponto importante na negociação é encontrar uma sigla na qual o presidente e candidato à reeleição tenha total comando. E as conversas continuam.

Recentemente, Bolsonaro tem flertado com o PTB, de seu aliado Roberto Jefferson, também sob intermédio de Flávio Bolsonaro. Ao Correio, a presidente interina Graciela Nienov, que está à frente do partido após a prisão do ex-deputado, afirma que a disposição da legenda é total. Ela conta que, em reunião na semana passada, líderes regionais da Executiva Nacional e presidentes estaduais do partido consideraram a vinda de Bolsonaro “100% aprovada”.

Nienov relata que se comunica com “Bob”, como é conhecido Roberto Jefferson, por meio de cartas já que ele está preso. É por essas correspondências que ela também recebe orientações sobre o partido. “Bolsonaro já está há muito tempo conosco. É só o retorno dele para casa”, comenta Nienov.

Para mostrar que a sigla está preparada para recebê-lo, uma comitiva do grupo da Executiva petebista pretende entregar pessoalmente ao presidente no Palácio do Planalto uma carta de apoio que reúne as assinaturas do diretório nacional e presidente regionais. “A carta fala do nosso apoio máximo e da garantia de que estamos alinhados e trabalhando com ele. Destacamos que aqui é a casa do conservador e estamos preparados para recebê-lo. Reafirma o que Jefferson vem falando e dá segurança para ele vir. Que ele terá espaço. O partido também está aberto aos filhos”, relata a presidente interina do PTB.

Nienov acredita que o presidente tomará a decisão ainda este ano, embora o chefe do Executivo não tenha dado a ela previsão de resposta. Ele tem até abril do próximo ano para sinalizar. A interina disse que Bolsonaro não impôs condições para a filiação, mas ofereceu a escolha dos candidatos ao Senado, onde o chefe do Executivo enfrenta dificuldades, como por exemplo, a intricada indicação de André Mendonça para o cargo de ministro na Supremo Tribunal Federal (STF). “Vamos discutir tudo, a escolha de candidatos majoritários estado por estado, onde a gente tem mais gente para colocar ou ele. Nada será feito sozinho. Tudo em concordância”

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